segunda-feira, 6 de outubro de 2014

02:00 a.m.


Assim que começamos, menosprezei minha capacidade de sentir...O chamei de amor confiando que não mudaria em nada. Senti falta dele e considerei normal. De umas semanas para cá tudo se tornou tão natural que me despreocupei em usar freios.
Era gostosa a sensação de ser mimada, de ter alguém para dividir um pedaço do meu universo. O fato dele achar o máximo cada demonstração de carinho que eu lhe dava, me proporcionava ânimo e coragem para construir um sentimento com ele.
Madrugada. Nesse horário as ideias parecem escurecer...É como se fosse um "agora ou nunca", eu detesto responder pelos meus atos e palavras quando estou sendo pressionada. Prometi que dormiria faz umas duas horas. O motivo da insônia é ele... Como uma ameaça me fez enxergar o tamanho do amor que estou carregando! Logo eu que sempre agi na defensiva, contra tacando os outros fazendo-os ficar em cima do muro... Ele me fez ver o quão ingênua fui por ter apostado todas as minhas fichas no meu suposto coração de pedra.
Eu cultivo uma mania feia de viver do passado... Não sei o que houve para ser sincera...Com algumas quedas era minha obrigação ter aprendido que amar faz um tanto quanto mal.
Quando estou nesses piores momentos, costumo lembrar de quando eu era uma criança... Acreditava que o futuro seria brilhante. E quer saber ? Ele é.
Não será uma madrugada desperta que roubará meus anseios, não é mais uma queda que definitivamente me derrubará. A vida é um instante...
Acabo o texto sem a continuação sobre ele, ele me perdeu em alguma parte da história. Amanhã o dia será longo, o corretivo facial dará conta do recado e o energético me manterá acordada. Porque a vida não para, não poderia eu dormir, não agora, nem nunca mais.