quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Star Wars, solidão e NÃO!

Imagem de hands, cinema, and grunge
Nessa madrugada rolou a estreia do novo Star Wars, decidi comprar meu ingresso antecipado, sozinha, simplesmente porque eu quis, não sinto vergonha(?) muito menos orgulho, é só uma experiência habitual, eu costumo sair sozinha e me sinto totalmente confortável na minha própria companhia. Aprendi a não temer a solidão, assim, convivo com ela tranquilamente. E hoje não entendo o tormento que a solidão representa para as pessoas, afinal, como querer que os outros gostem de te ter por perto se nem mesmo você gosta?
...
Tinha uma galera no cinema, e por estar sozinha umas pessoas me abordaram, era um grupo de moços que chegaram numa boa e que apesar de não estarem ali para assistir a estreia do filme, aguentaram meu surto de ansiedade, o que foi bem legal. Mas daí um deles pediu um beijo, seria mais fácil como costumava fazer em festas, dizer que sou comprometida, ainda que de fato estivesse comprometida com minha vontade de ir lá, ver o filme, aproveitar minha solidão e ir embora. Podia ser mais uma surpresa do destino? Claro! Mas não me despertou nada e eu simplesmente disse que não queria, de forma educada. Um dos amigos dele perguntou se eu tinha alguém no coração, eu disse que sim, mas não era esse o motivo, só não me interessei. Não entendo porque nas outras ocasiões fui refém de respostas como: "não, eu namoro.", e fingi que minha amiga era minha namorada.
Por quê é tão complicado dizer a verdade? A mentira é prática. Mas a cada vez que você mente, entrega parte da sua liberdade e alimenta sua alma com prisões metafóricas, e isso, meus caros, não é saudável.
Por um mundo onde não seja ofensivo receber um não cheio de sinceridade e que não seja confortável mentir pra agradar os ouvidos de outrem.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Uma noite fora da cidade


"Sentia falta disso."
Tudo que pude fazer foi dar à ele um pouco mais daquilo que ele sentia falta. 
Tudo que quis era dizer o quanto sentia falta também, e que sua companhia me deixava serena, como se meu cotidiano não fosse chamar na manhã seguinte e aquele ritual de despedida acontecesse.
Antes de pegar no sono, se agarrou à mim como se eu fosse o travesseiro mais macio do mundo.
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Foi de longe uma das melhores noites da minha vida.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Uma carta de despedida aí

Imagem de love, couple, and run
Lembro de ter esbarrado nos teus olhos e imediatamente ter encontrado o contraste perfeito. Dona de uma beleza da qual moças com as quais me habituei, nunca chegaram perto de ter. Sua presença sempre alegrou qualquer ambiente que a pudesse prestigiar, e assim foi feito.
Cuidado minha moça, o brilho que seu olho entrega ao mostrar teu coração causa inveja e dor naqueles que mal coração têm, e quando o têm, é usado como instrumento de sobrevivência e só.
Sempre apreciei sua astúcia... Mas agora vá.
Vai e leva embora seus lábios macios, fontes do seu idioma arrastado que nunca entenderei. Vai e leva embora esses quadris que nunca precisaram esconder sua auto confiança ao caminhar. Vai e leva embora esse queixo furado dotado de um charme que só deus sabe. Vá e dê fim à essa fugacidade. Vire as costas e não as revire ao partir. Vá de uma vez porque vê-la chorar é de partir o coração e é hora de voltarmos ao cotidiano que massacra maior parte dos nossos sonhos. Se bem que depois de conhecer seu jeito de sorrir, eu tenho inspiração para sonhos pelo resto da vida.

15 de julho de 2014