sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pode parecer loucura mas...


Mais um para a lista. Me sinto vulgar falando assim, mas já não me importo e muito menos me arrependo. Porque você é aquela má influência que minha mãe detestaria saber que eu beijei, você é aquele que chega bem pertinho com mil e uma intenções, que olha no fundo dos olhos fazendo seu alvo viajar sobre tudo que pode estar prestes a acontecer, aquele que sem decência alguma segura forte na cintura e (tenta) em outros cantos, aquele que durante o beijo se afasta para sorrir e deixar as coisas mais quentes, aquele de poucas palavras e muitas ações, aquele que tem gostinho de errado e de bebida alcoólica.
Seus olhos expressivos, me olhando há poucos centímetros de distância, me fazendo perder as poucas palavras que restavam; seu jeito de provocar me fazendo avançar e a forma com que você deu continuidade, seus lábios envolvendo os meus com ganância... Tudo isso fez com que aquela multidão desaparecesse e restássemos apenas nós, em outra dimensão. Eles não entenderiam, é algo indescritível.
Obrigada pela experiência moço.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Vomitando você


Surpresa ! Exatamente, eu não corri atrás, não lamentei minhas dores na sua janelinha de conversa. É um lugar que espero não abrir nunca mais. Digo isso do meu coração, mas continuo entregando ele por aí. 
Não adianta eu tentar ignorar meus sentimentos e lembranças, guardá-los, e permanecer de alma suja. Então, como o "seu" caso não é encerrado, eu preciso continuar renovando minha paz...
Não deixo de lembrar seu sorriso escandaloso toda vez que passo na calçada em que passávamos sempre, onde todos os dias nossos sentimentos para com o outro afloravam. Foi naquela mesma rua que você puxou meu braço e segurou minha mão pela primeira vez, lembro até do esmalte das minhas unhas contrastando com sua pele branquinha feito neve. Lembro do nosso primeiro beijo, que não aconteceu muito longe daquela rua. Não esqueço da sua voz; dos seus olhos castanhos esverdeados que brilhavam enquanto você sorria até ficar com as bochechas rosadas; do seu perfume que insistia em grudar em mim; do seu cabelo macio; da maneira como você falava; dos seus braços me envolvendo em papos que na época eu achava o máximo; das nossas tardes no parque, brincando na chuva; dos seus problemas que eu adorava ouvir; do primeiro "eu te amo"; daquele bloco em que nos refugiamos da chuva, das pessoas, do mundo.
Tal qual, lembro da sua primeira manifestação grosseira, da sua ira que invadiu o lugar do nosso amor, de algo que continuará para sempre inexplicável.
Eu não sinto falta. Mas eu me recuso a ignorar coisas tão bonitas, simplórias e verdadeiras que eu guardo de você e do que fomos um dia. Eu prefiro acreditar que você ainda é aquele garoto, tímido que raramente trocava olhares, de poucas palavras, meigo, doce, transparente, pelo qual me apaixonei. E ainda, prefiro fingir que tenho culpa do nosso fim, para que essa sua imagem fique comigo para sempre.


domingo, 18 de maio de 2014

Ainda sobre nossa despedida

As músicas... Ah! Eu não devia tê-las associado à você. Agora não poderei ouvi-las por um longo período. E as milhares de fotos que tenho no celular ? Estão me dando um trabalhão para apagar. "Você tem certeza de que deseja apagar isso da memória do seu celular?" Do celular, da vida também. 
É complicado aceitar que você é o cara da vez. É, aquele que eu tenho que focar em esquecer. Aquele que farei de tudo para evitar, o que não me aborrece porque te tenho bem longe. Ops, não te tenho. Força do hábito. Perdão.
Culpa minha ? É. Digerir minha honestidade e transparência deve ser algo que sua capacidade não o permite. Não se incomode, até agora ninguém conseguiu digerir mesmo. Mas eu superestimei você, sua maturidade, para no final das contas você assumir "Eu sou assim. Um idiota, um babaca mesmo."
Não vou bancar a insensível e dizer que nada mudou. Claro que mudou. Eu me apeguei sem querer. Nosso problema foi deixar tudo tão solto, a ponto de cada um interpretar o mesmo caso de modo ambíguo.
Sabe, já estou grandinha para assumir consequências de um "erro", sem chororô e com a cabeça erguida.

sábado, 17 de maio de 2014

Formal demais

Eu sempre me orgulhei de dizer que você é mais velho, que você é totalmente diferente de todos que eu já conheci, que você é inteligente. Foi engano.
 Também, sempre pestanejei tentando encontrar em você, unipolaridade. Falhei novamente. Isso não me incomodaria, não fosse sua extrema força de vontade de demonstrar coisa nenhuma. Eu não sou obrigada a fingir ser a sua garota perfeita, não reclamando de ausências, carências, e não me opondo à seu ponto de vista político marxista. Sabe por quê ? Porque com mais cuidado, outros olharam para mim e me viram perfeita, sem esforços, do meu jeito.
Não, você nunca cobrou sua personalidade em mim, mas sua repulsão do reverso, do oposto, me amedrontaram. E eu estou farta de carregar esse peso, sem receber recompensa alguma.
Destinos escolhidos. Cada um para um lado. Já estava decidido, deu pra fingir que não, mas agora é tarde. É como se tivéssemos nos conhecido numa estrada, que levaria à uma queda livre. Você não prometeu que iria comigo até o final, você só me ajudou a chegar onde eu precisava estar, na pontinha do que me leva ao abismo.Vivi confusa esses meses para garantir que quando chegasse ao precipício, eu pularia. 
Obrigada pela companhia no trajeto, me ensinou mais do que eu precisava saber. Sobre a vida, sobre amores, e sobre mais uma "tipologia" de caras. Obrigada mas, adeus.