quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sobre amor próprio


É que eu sou mesmo apaixonada pelas curvas que delimitam o espaço que meu corpo vivo ocupa nesse universo. Eu adoro cada partezinha que me define, sejam as curvas delineadas que gritam a sexualidade ou as delicadezas que disfarçam a ferocidade dos desejos, os quais explodem dentro de mim. Amo! Amo até mesmo os exageros que compõe minha fisionomia e me colocam os pés no chão.
Gosto da rotina desajeitada, das visitas surpresas daquele amor, do café da tarde que me rouba o batom dos lábios. 
Externei minha alma, amei-a e descobri-me linda. Simples assim: a aceitação, a busca pela melhora e o cultivo de bons sentimentos me fizeram mostrar a real beleza.
É lindo quando você se olha no espelho e enxerga a alma, a verdade, e não só a tentativa de alcançar um padrão vazio de conteúdo. 
Acordo e sei que não gostaria de ser outro alguém, dentro das minhas entregas sem regras sou feliz sem limites.

sábado, 9 de abril de 2016

A fragilidade da vida

É estranho, nos achamos imortais, imbatíveis. Daí vem a realidade biológica, nuns exames de rotina, e diz que não é bem assim. Talvez achasse isso por sustentar emoções e sentimentos muito fortes dentro da minha frágil estrutura corporal. Talvez forte não descreva bem, a palavra pode ser intensidade.
A intensidade move minha vida, me faz destemida e me permite dormir tranquila, na certeza de que inabalável sou frente aos variáveis maus que circundam minha saúde.
Gosto desse pensamento, me faz olhar para essa vida como a aventura que ela deve ser, me faz aproveitar o presente, me deixa saber que as conexões que tenho com as pessoas são valiosíssimas. 
Me faz não temer a morte. Quando esta me surpreender irei embora estando certa de que minha existência foi válida.