segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Eu estive por aí

Till we grow older
Devo dizer que estou tomando um capuccino forte, no intuito de me livrar das doses que empurrei goela abaixo da bebida do cara simpático daquele bar ? Já disse mesmo...
Eu nunca fui de baladinhas e ainda não sou (pretendo não ser), mas hoje eu precisei preencher a cabeça com distração. Para minha sorte, lá, encontrei cérebros vazios ostentando copos cheios. Não me encaixei, peguei um taxi e fui para um pub já conhecido, fiquei numa mesinha para dois na sacada e me questionei o por que do lugar da minha frente estar vago. Sempre tem o cara da vez. Mas naquele instante o que eu precisava era estar sózinha, ainda que minha carência procurasse o ombro mais próximo para repousar.
Eu fixei nas luzes da cidade enquanto a melodia de fundo era risadas e uma música meio triste, até. Uma dupla de amigos (creio), aproximaram-se perguntando sobre minha idade para um lugar daqueles. E eles engataram a conversa de um jeito... Pouco tempo depois um deles foi embora.
O que ficou era pouco extrovertido, bem sério. Mas deu continuidade à conversa, me ofereceu do drink dele e eu não sei o que me levou a aceitar. Ele me arrancou sorrisos, e soube como contornar minhas respostas que gritavam desespero. Saímos e andamos pela calçada da pequena avenida. Ouvimos músicas no celular dele e rimos bastante. Ele se destravou um pouco e me contou da vida, o que vinha aprendendo com ela e confessou ser mais velho do que tinha me contado inicialmente. É gostosa essa sensação de estar ganhando confiança... 
Eu nem sabia o nome dele. Ele nem tentou me roubar um beijo. Eu nem o vi com esses olhos. Eu via ele como a pontinha da esperança que escorria por entre meus dedos. Era pra ser uma noite vazia, que foi acrescida de uma gentileza e amor inconfundíveis, é diferente...Acolhedor, diria.
Ele deixou um papel na minha bolsa dizendo: 9658****, me ligue sempre que quiser, linda. Ian, 

sábado, 27 de dezembro de 2014

L.A., baby

Escutei seu nome ecoando na mente quando ouvir falar sobre amor genuíno. Fui no seu perfil do facebook e olhei seu nome fixamente por segundos, tentando me reconfigurar para não lembrar sempre de você ao conhecer pessoas com o seu primeiro nome. Impossível.
Como você cresceu! Sei muito bem as diferenças... Prefiro não provar tal fato, talvez me leve à dores. E chega disso, porque hoje você é um pedaço tão bonito em mim, ainda que eu fale pelos cotovelos da sua insensibilidade.
Espero que tudo na sua vida vá bem, de coração. Tomara que sua irmãzinha continue se destacando no mundo acadêmico. Espero que tenha passado a gostar mais do seu cabelo. Quero que tenha enxergado à importância das ciências exatas. E, estou aqui torcendo para que um dia alguém te faça sentir como você me fez e continua fazendo. 

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Normalidade

Acabei de chegar em casa. Larguei minha bolsa perto da entrada, soltei o cabelo num movimento brusco e rápido da cabeça, me larguei no sofá de um jeito que, provavelmente, o cara do prédio vizinho veja vestígios daquela calcinha (que você adora) por debaixo de uma saia que sempre facilita pra você.  Peguei o livro que dava bobeira na mesa de centro e desconcentrei do mundo, em um ato de amor à minha alma.Sistemas políticos sempre excitaram minha curiosidade e ler algo que contribui para afirmar minhas opiniões próprias, me faz declarar que poderia apreciar esse livro por horas. Sobre passar horas fazendo a mesma coisa, é o que penso comigo mesma enquanto desfruto do teu carinho nas minhas costas, no mesmo instante em que você me questiona sobre o que tanto penso. Prefiro deixar brechas da minha felicidades em sorrisos abertos ou na simplicidade de um: Eu gosto de estar aqui.Retomando o cunho das ideias iniciais... Eu sei que a probabilidade de ouvir o barulho da fechadura dessa porta, que vez ou outra me encara tanto, se destrancar e você passar à me encarar no lugar dela... É de uma em zero. Não me importo tanto. Minha companhia me basta por hoje. Consigo respirar as minhas certezas, sabendo que você é companhia que pode ficar em qualquer estação que a vida prescrever, mas que pode seguir comigo caso seja conveniente para ambos. E outro sorriso é fruto da minha auto-suficiência.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Por que não me canso de você ?

Quem você tá achando que é pra me tirar da cama à essa hora da madrugada?; Pra tirar meu sorriso leve do rosto?; Pra me fazer chorar por motivo algum, em dias distantes da minha tpm ? Aliás, quem é você ?
Ah, é! Você é o carinha da engenharia, que está sempre ocupado, que me presenteia sorrisos de vez em quando, que tenta me acalmar com míseras migalhas de carinho, que as vezes passa na minha mente assombrando o colorido do meu dia, que eu encontro nas letras de canções que ouvia antes mesmo de te conhecer, se bem que essa é uma época que não parece mais fazer sentido. Como era não saber de você ? Hoje, parece terrível a ideia de que você poderia ter sido apenas uma troca de olhares daquela sexta-feira.
 Foi um descuido da minha vergonha facial e tcharam! Aqui estamos. E, por outro lado, você é quem faz meus dias começarem um pouquinho mais iluminados, é o nome pelo qual espero ver nas notificações de novas mensagens, é quem decide as cores do tal colorido do meu dia, é quem me coloca num pedestal, é o "cara" de quem minhas amigas falam quando tem outro interessado em mim (elas me protegem pra você), é o aperto no peito e o frio na barriga antes dos encontros, é a ausência que preenche os vazios (ainda que isso não faça sentido e beire o nada), é quem eu gostaria de cuidar, é o meu dono indiretamente,

sábado, 20 de dezembro de 2014

Não, querido.

<3
Não, querido. 
Ninguém nunca aplicou força com tamanha exatidão ao segurar minha cintura, à não ser você. Não, ninguém jamais impôs anseios num beijo assim como você sabe fazer. Não me lembro de uma mão tão quente e que demarca território tão bem quanto a sua.
Eu adoraria me perder todo dia no seu sorriso nervoso, nos seus sussurros, nos meus arrepios causados pelos seus suspiros deixados no meu pescoço.
É que é fácil dizer que vou esquecer, que não quero mais te ver e que seu perfume vai deixar de ser meu ponto fraco. Isso, quando eu tô longe ou quando você está concentrado nas suas ocupações e eu sou só mais uma parte da sua vida, da qual você lembra (às vezes) antes de cair no sono. Mas é eu ouvir sua voz cheia de calmaria - ah! Como ela disfarça bem seus instintos- que eu desmancho, minha euforia vai embora, meus problemas vão embora. E, se por um descuido seu, seu carisma se demonstra por mim, eu já nem lembro da razão que me deixara aflita.
Eu não sei por que ainda estou aqui, e saberia bem menos se eu realmente dissesse tchau para quem me põe numa montanha russa 24 horas por dia.
Machuca, incomoda, me faz louca em milésimos, para meu coração com uma palavra, ressuscita minha alma com feições e toques, sabe colocar em ação minha personalidade mais oculta, me traz insegurança e é como caminhar no escuro sem destino nenhum.
Você meche comigo de um jeito que me faz almejar jamais estar imóvel novamente. Continue mexendo e pondo em jogo minha autenticidade. Se não fosse assim, eu não estaria aqui, caidinha por você.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Motivos pelos quais um adeus vale à pena

Seguindo sua filosofia de vida: "a vida acontece na madrugada" e, "a noite é sempre uma criança" cheguei na veracidade de tais sentenças. Cá estou eu, madrugada, a vida acontecendo e eu preciso seguir, sabe ? Encontrei divergências nos nossos anseios, na maneira como passei a enxergar você, na forma com que seus olhos tem pousado em mim.
Eu não quero seguir um desequilíbrio que, provavelmente, resultará em cobranças e momentos ruins que destruirão as lembranças boas que viveríamos (vivemos). 
 Estou te dando o que nunca precisou cobrar: maturidade. Talvez menininhas de 17 anos não consigam impor sua vontade frente à felicidade momentânea. Pode ser infantil o fundo de tudo, mas atitudes audazes é que fazem o mundo girar. Estou girando mais uma vez, e continuarei na busca porque prefiro não acreditar no seu universo paralelamente desleal à si. 
E tem sido difícil me manter no salto, como "a mulher" que você quer ali, firme, forte, sexy, sorridente, leve, sem hora pra voltar pra casa. E ainda que diga que sou "a melhor" em alguns atributos, eu digo mais alto que esse título jamais me fará ser suficiente para ser levada à sério. Principalmente por alguém que se descreve "frio".

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

...

Dia desses eu simplesmente facilitei para minha essência, resolvi aceitar as dores do passado como marcas necessárias do presente. Não fossem elas, seria eu vazia. Acredito que o que um dia foi dor interminável, mudou de estado para lembrança permanente. 
Não adianta, as pessoas gostam de ludibriar e botam fé no: o tempo cura. O tempo ? Ele é nosso maior inimigo e vai curar o que ?! Não há cura para o passado e o tempo só embrulha-o em caixinhas  separadas e estas são abertas assim que você passar naquele lugar onde você costumava ir com aquela pessoa; ou quando sentir um fio do aroma daquele perfume; ou quando aquela música tocar naquele restaurante maravilhoso, te fazendo perder o apetite; e até mesmo quando conhecer alguém que gesticula da mesma maneira.
É um fato imutável no pretérito e fortalecedor atualmente. Preciso dessas pessoas ausentes em mim, eu conheci o melhor delas, eu as fiz sorrir, eu as cuidei quando desabaram, eu as abracei, teve história e quando é assim, é eterno. Obrigada pelos que já passaram por mim, sempre haverá algo que me lembrará vocês.
Sempre.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Finalmente, eu acho

Já abri esse espaço várias vezes, como se eu tivesse algo concreto para falar de você, ou de "nós". Aposto que é um casinho daqueles em que o mês seguinte se encarregará de levar embora. Aposto nisso crendo que na semana que vem tocarei sua campainha novamente e, para não perder o costume, você abrirá a porta e me olhará como se estivesse me desafiando à entrar não só na sua casa, mas na sua vida, e ficar ali sempre.
Além do seu olhar convidativo, eu me perco de verdade na tua farsa de bom moço, na sua pseudo-calmaria que se manifesta até na forma como você respira. E olha, eu preferia resolver as tais equações químicas que forjar uma resistência ao seu beijo, à suas mãos e às suas palavras. Com você, sinto que toco a felicidade, ela se torna tão possível que penso estar sonhando.
Essa realidade difusa converte o casual no "necessário". Eu preciso de doses suas, semanais ao menos.