terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Finalmente, eu acho

Já abri esse espaço várias vezes, como se eu tivesse algo concreto para falar de você, ou de "nós". Aposto que é um casinho daqueles em que o mês seguinte se encarregará de levar embora. Aposto nisso crendo que na semana que vem tocarei sua campainha novamente e, para não perder o costume, você abrirá a porta e me olhará como se estivesse me desafiando à entrar não só na sua casa, mas na sua vida, e ficar ali sempre.
Além do seu olhar convidativo, eu me perco de verdade na tua farsa de bom moço, na sua pseudo-calmaria que se manifesta até na forma como você respira. E olha, eu preferia resolver as tais equações químicas que forjar uma resistência ao seu beijo, à suas mãos e às suas palavras. Com você, sinto que toco a felicidade, ela se torna tão possível que penso estar sonhando.
Essa realidade difusa converte o casual no "necessário". Eu preciso de doses suas, semanais ao menos.