quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Efêmero ?

Não brinque com palavras, elas mexem com minha cabeça. E por receio, acabo rejeitando-as como reais ("ah, é só brincadeira."). Me perdoe, prefiro pecar pelo excesso de precaução que cair de novo nessa de amor. Mesmo que fosse só paixão, como você diz, "Paixão é o nome dado para um suicídio a dois." e, na verdade é exatamente isso. Se entregar à tamanho perigo, só é válido depois de muito tempo de convivência, e olhe lá. Não estou pronta para me matar novamente. Quanto desamor! 
Eu deixei de classificar e nomear meus sentimento. Mas sei muito bem diferenciar extremos. Isso tudo para não machucar a mim mesma, e à quem topa entrar na bagunça que chamo de minha vida. 
Me sinto intocável, será que você entende ? Eu só preciso estar feliz quando estamos juntos. Não preciso de palavras cheias de amorzinho, não preciso de declarações, nem que você diga o quanto estou bonita, muito menos que repare que estou "diferente". Porque não são nesses gestos que eu percebo minha felicidade, não mais. Isso já sustentou falsos amores que tive, e não é isso que quero de você. Nem atitudes, nem falso amor, nem mesmo amor.
Você pode não saber do meu histórico amoroso, mas deve fazer uma ideia de que não tive as melhores experiências a cerca disso. Então, seja natural. Seja capaz de neutralizar toda a confusão que há dentro de mim, com um abraço, um olhar ou um beijo.
Só fale o que for cem por cento puro, se não lhe restarem palavras dignas de sinceridade, cale a boca e me beije. Ali eu sinto tua transparência.
Só seja inteiramente meu na minha presença, me faça sentir como algo significativo no seu mundo. Que seja efêmero, mas que seja completo.