sábado, 26 de abril de 2014

A tua forma de amar

A verdade é que no momento em que paro de tentar buscar você em tudo, eu me sinto vazia. A solidão vai corroendo tudo de bom que guardei de nós dois. Você não faz questão e eu não quero levantar um dedo para mudar tudo isso, para que quando eu sofra mais um pouco eu possa jogar a culpa sobre você e seus princípios, dos quais até hoje não entendi muito bem como funcionam.
Você jura que me ama e eu não sinto esse amor. Eu nem sou quem você precisa. Não moro do teu lado, não sou eu quem você vai encontrar todo dia, não é para mim que você fará questão de contar os detalhes do teu dia ou da tua vida. E o que você me oferece são palavras, mas elas são tão leves que as vejo voando e percorrendo outros ouvidos e ainda assim, fico quieta. Não vou mexer com sua preciosa liberdade, então não brinque com minhas emoções porque elas desestabilizam o meu "ser livre". 
"Eu te amo". Me ama e não pergunta como eu tô despretensiosamente, não fala meias palavras espontaneamente pra me tirar o sorriso do qual você adora. Ama e ainda me deixa sentir só. Ama e não quer se apegar. E eu me odeio por ter feito isso primeiro. Porque é fácil se apegar quando só o seu jeito de falar comigo me balança, quando só no seu abraço eu encontro meu alívio, quando só olhando nos seus olhos eu me enxergo melhor, quando só te beijando eu sinto coisas inexplicáveis, quando só segurando a sua mão eu vou sem rumo certo, quando só a sua maneira de mentir me enlouquece cada vez mais, pouco a pouco.