sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sobre o último ano do colegial

Não, não me sinto orgulhosa em declarar que sou mais uma pessoa clichê que só foi amadurecer no último do ensino médio. Não que hoje eu seja uma adulta sensata investida num corpinho e carinha de adolescente, mas que eu venho encontrando com mais frequência a minha personalidade e a minha moral frente à ética exigida socialmente.
Ok. Uma coisa por vez. Ano passado ainda era tudo confuso, parecia que eu usava um óculos embaçado e por mais que quisesse enxergar perfeitamente, eu era impossibilitada por algumas das minhas ex-prioridades. Tá que eu não era nenhuma criança (não mesmo), eu já tinha noções básicas do que eu teria que fazer para chegar a ser "alguém na vida". Ano passado, também, eu já fazia vestibulares e não me saía tão mal. Só que naquela época, eu colocava minha paz interior nas mãos de um mero e vagabundo relacionamento amoroso, minha felicidade sempre dependia disso, e isso não é coisa do ano anterior e sim de anos anteriores, desde meus 13 para falar a verdade. Eu nunca, desde então, tinha tido tempo para separar a Anna da Anna + um namorado. Eu não costumava tomar decisões sózinha, e a cada escolha eu pensava antes no relacionamento do que no que seria melhor para mim caso isso acabasse. O amor quando é recíproco mesmo que de maneira falsa, te faz sentir elevada, e segura. É bom, mas eu deveria ter me amado antes de ter demonstrado amor maior por outrem. E essa necessidade e posse de relacionamentos amorosos foi um ciclo que acabou há alguns meses. 
Partindo para outros princípios, antes desse ano eu comecei a moldar minha personalidade. Experimentei iguarias para ter certeza do que eu queria afirmar a vida inteira. Também não tinha responsabilidades, ainda era possível empurrar com a barriga e dizer que eu tinha que aproveitar antes de chegar o momento do "É agora ou nunca!". E finalmente chegou. No inicio do ano eu fui obrigada a trocar meu "Top Prioridades", isso para conseguir sobreviver. Não existia mais namorado, era só eu, eu que teria de procurar um ponto referencial para entregar minha dedicação, tempo e esforço, que antes eram dedicados à um menino. Então eu decidi que me dedicaria à minha cultura, que meu foco seria meu academicismo.
Para iniciar o ano de maneira mais inusitada ainda, conheci um homem (não coloquei garoto porque é muito banal para a pessoa que ele é.), nos tornamos amigos e amantes, mas dessa vez tive cautela para não deixar fluir algo maior que a minha vontade de seguir sózinha. E então, eu e ele não temos nada muito fixo. Isso nos permite ter a liberdade que é de cada um por direito. Ele tem acrescentado aspectos cultos à minha personalidade. O que mais eu poderia almejar ?
Eu fui me conhecer à pouco tempo. E isso tirou o embaçado que outras pessoas acrescentavam na minha visão. Sou desconfiada e tenho os pés no chão, mas vez ou outra caio na tentação pra não abandonar meu instinto aventureiro.
Comecei a nem ter tempo para pensar em outras pessoas. Egoísmo não é o termo correto, amor próprio, esse sim. Passei a entender que se tornou uma necessidade conhecer e compreender tudo o que aconteceu e que se passa na história mundial. Aceitei que meu papel não é impressionar ninguém, e sim surpreender alguém que valha a pena. E notei que a felicidade só é encontrada quando não é buscada, e que quando de maneira simples, você entende a complexidade em que se vivia.