quinta-feira, 2 de abril de 2015

Mentiras insustentáveis

J a c k Elizabeth. | via Tumblr
Uma hora seria assim mesmo. Fomos uma mentira e, por havermos sido tão superficiais, sou como a poeira que te visitava pela janela, sujando a escrivaninha. Me despeço sem um beijo e saio trancando a janela. Que é pra você não precisar limpar mais a tal escrivaninha.
Foram semanas longe de receber um toque seu, e tudo mudou quando imaginei você com aquela "amiga" da sua faculdade, juntos, e aquele frio na barriga não aconteceu. Foi quando eu me oportunizei um encontro. Quando semi cerrei os olhos e vi uma boca que não era a sua, uma mão na minha nuca prometendo tanto, um sorriso que inspirava segurança e que me provava no decorrer da noite que fui leiga quando encaixei você no meu conceito de suficiência.
Errei em não protestar quando a situação me fazia mal. Errei também quando passei a me acostumar com as noites mal dormidas e olhos cheio d'água. Pequei contra meu caráter aceitando seus devaneios. Entretanto pecaria mais ainda, inevitavelmente, se não tivesse me arriscado nessa experiência, se não tivesse a audácia suficiente pra engolir com cara boa a realidade de um mundo que eu ainda não conhecia. Eu vou me jogando por aí, assim como eu fiz agora, larguei a comodidade dos teus abraços e lençóis pra arriscar a segurança que almejo nas oportunidades da vida, nos lábios doces de um moço aí, nas minhas certezas.
Pode dizer que sou nova e isso denota traços imaturos da minha parte, mas minha essência é essa e assim será, aos 17, 25... Até os 80.