sábado, 25 de abril de 2015

Não muito sóbria

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Hoje eu estava num restaurante com uma pegada de bar. Já meio alta a declarar minhas mágoas -lembrando que não faço isso sóbria - no twitter e recebi um e-mail de um amigo recente, com um texto que basicamente dizia que o ódio é a pior maneira de gastar o curto tempo de vida que temos. Ainda que com as ideias pouco norteadas e, com um sentimento vazio ao mesmo tempo que espesso contorcendo cada canto do meu corpo, voltei ao meu eixo psicológico e, de maneira racional, passei a pensar se eu orgulharia à Anna de um passado próximo que traçava planos grandiosos, que não se deixava perder por meras oportunidades de um destino que ela nem sequer sabe se acredita. Essa Anna tinha princípios metódicos, e a Anna que hoje me representa já não sabe onde se firmar, e sai catando seus princípios em bares, em frases como: 'está tudo bem, mantenha a calma'...
Vivo à procura da Anna que se recusava ao ódio, e que fazia cara boa para o futuro que considerava promissor. 
No Futurismo existe uma vertente teórica afirmando que 'o homem precisa de um inimigo para evoluir'. E me ocorre um frio na barriga quando aceito tal vertente como verdade absoluta. Essa perca da ingenuidade e crença na guerra como meio para conquistas, vai extraindo o doce que regia meu interior.
O antigo futuro que hoje se apresenta como presente e agora, me fazem repensar na ideia de crescer e como isso tem sido distorcido de acordo com as expectativas previamente tidas.
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Ainda que clichê: como é difícil crescer... O jeito é aceitar que auto-suficiência inexiste e que sempre haverá algo a mais para aprender, confio que com humildade e persistência chegaremos perto do auge, mas jamais lá.