sábado, 16 de maio de 2015

Por onde tem andado?

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Revirando as memórias te achei e confesso ter te achado só agora. Não é saudade de nós dois. É só uma curiosidade carinhosa de saber como você está, de imaginar o quanto teu irmão caçula cresceu e de saber se você anda conduzindo boas moças de direita para a ideologia de Marx tão bem quanto conduz um beijo.
Onde você tem andado? Já abandonou o Rio e voltou pra nossa capital? Conheci uma banda mês passado que você iria amar... E sabe aquela nossa banda favorita? Pois é, tem show dela sexta-feira. Fantasio situações em que a gente se encontra, mal se da conta e já estamos há passos de distância. Quero mesmo te ver, em pessoa, pra ter certeza da sua integridade física. Seria ótimo te encontrar na mesa de bar ao lado da minha, escutar teu papo com os amigos e aí sim, ter garantia da tua saúde emocional. 
Mas nem seu número tenho mais, seu facebook já não existe. Entretanto, tenho um baú cheio de iguarias que não são e nunca serão passíveis de roubo, furto ou esquecimento. Ninguém me furta os beijos que você me deu, as piadas que você me contou, os conselhos, as noite mal dormidas de corpos bem despertos... Mas dá pena saber que nenhuma cama pôde conhecer nosso calor. Mas tudo isso se resume em curiosidade mesmo.
Obrigada por existir tão fielmente aqui dentro, não me permitindo esquecer que somos feitos de memórias.