quarta-feira, 13 de maio de 2015

A verdade que, sim, somos.

Not Only Photos Set15
Vento gelado que transfere energia para que meus cabelos esvoacem e quietem novamente moldando meu rosto, pescoço e ombros. Frio que desencoraja até meu gosto de andar pela casa na ausência de vestimentas. Carência de calor que carece do nosso calor. A falta do teu afago, mesmo que dispersado da ternura da qual tanto insisto sentir na presença das tuas mãos e olhares, pede um pouquinho do teu silêncio aqui. Ainda que fosse para, depois de pegar no sono, desfazer as amarras dos braços pelo meu corpo e me virar as costas, como sempre acontece. Só para eu apreciar os suspiros e inocência que te envolvem na dimensão do sono.
São vontades tão permanentes que abafo dentro das impossibilidades. Engulo, junto ao amado cappuccino, minha impotência frente à situação. Percebo um desespero desperto alertando para a saudade.
Da verdade que, sim, somos, extraio memórias que espero jamais ter que recorrer para matar a tal saudade, ainda que consciente das incertezas dos caminhos da vida, ainda que eu não te prenda nenhum pouquinho, ainda que meu eu possa acabar no próximo instante. 
Quero passar bem longe do que fomos, quero o que somos, e quero tanto que perco a razão, caindo mais uma vez nos teus braços, brincando de amar por um encontro de tempo limitado.