Quando a constância é rotineira, isso é quebrado. Para ser mais sincera, eu sempre desconfio quando as coisas estão boas demais para ser verdade, minha pequena vida já ensinou que devo sempre estar com um pé atrás, pois o adiantado e precipitado pé da frente só consegue almejar a felicidade e esquece que isso nem sempre se tornará alcançável. O pé de trás é como um reserva, que mantém o equilíbrio. Esse mesmo pé conhece ao fundo a maldade que uma pessoa pode exercer, a frieza com que ela pode olhar nos teus olhos e ainda assim estar blefando.
Não que o pé traseiro impeça o da frente de sonhar, ele é base que abriga as quedas do dianteiro. É legal isso, mas não é tão fácil assumir essa posição, às vezes, o abalo é tão grande que o pé de trás chega a tremular. Porém, após tantas quedas que ficava sem chão, fui obrigada a construir essa "filosofia". Se tornar inabalável é tão bom quanto sair por aí acreditando em qualquer verdade que te faça feliz, sem mesmo averiguar a vericidade dessa verdade.
Altos e baixos todo mundo tem, agora ficar lá em baixo se lamentando, é uma questão de escolha.
