sexta-feira, 18 de março de 2016

Uma falsa culpa

Imagem de girl, sexy, and black and white
Caminhando pra casa embaixo de chuva, o estridente toc-toc do meu salto contra o asfalto era praticamente silêncio quando comparado ao turbilhão de pensamentos que passavam pela minha cabeça. Ouvia tudo... Aquela voz que se apossou da fúria, da insegurança e me gritou covardias. Ouvi, chorei, e em meio a tantas palavras cuspidas, minha consciência zumbia baixinho, não me deixava aceitar nenhum sentença daquela boca que me falava.
Me concentrei na culpa que embrulhava o estômago e minha racionalidade impôs-se frente às manipulações, aos joguinhos, às amarras fictícias que muitos tentaram impor sobre mim. Culpa porquê? Cadê o erro? 
O erro foi dar corda para quem só quer o bônus e o ônus que se dane! O erro foi se desenhando na minha frente como uma retrospectiva: o que eu tenho vivido? Pelo quê tenho vivido? Pelo quê ainda quero viver? Eu não sei. Mas espero que nenhuma dessas respostas estejam relacionadas à pessoas que preferem deixar as coisas turvas.
Essa culpa não é minha, essa culpa é sua, que criou uma personagem e me escolheu para dar vida à ela nessa sua utopia vazia de amor próprio.
Não dançarei conforme a sua melodia. Adeus.