domingo, 15 de fevereiro de 2015

Não combina comigo, você.

Não combina com você esse jeito abrasivo de corroer meus sentimentos. Não combina com seus olhos, essa devassidão. Não combina com a sua voz essa minha insegurança. Mas combinam com seus beijos, arrepios.
Não combinam as músicas que você ouve. Não combinam você e sua paixão por álcool. Não combinam seus toques e esse meu medo pertinente.
Não combina comigo, você.
Porém, enquanto houver a espera, dos meus sorrisos, por mensagens suas; do meu corpo, pelo seu calor; da minha sede, pelos teus lábios; dos meus ouvidos, por sagacidade; da minha alma, pela paz. Eu vou continuar indo aí, esperar irritada sua demora para abrir a porta ou atender ao interfone. Eu vou adorar (odiando), ser largada pelos seus compromissos; vou adorar rebater, interiormente, minha fraqueza por você, que vez ou outra eu gosto de chamar de 'vontade'; vou adorar você, nossos encontros... 
E tudo mais que adotar o prefixo nós, nosso
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